Friday, March 16, 2007

Um pouco da história do perfume

A arte da perfumaria foi iniciada na Pré-História, quando o homem primitivo começou a fazer fogo e descobriu que certas plantas libertavam fragrâncias agradáveis quando queimadas. Assim, os primeiros perfumes terão surgido sob a forma de fumo, como indica o próprio étimo "Perfume", que deriva do latim "Per fumum" ou "pro fumum", significando "através do fumo".

A queima de plantas raras e resinas aromáticas estava em geral associada a cerimónias religiosas, sobretudo aos sacrifícios de animais, em que serviria para disfarçar os odores do animal morto.

Os Egípcios foram o primeiro povo a fazer uma utilização sistemática do perfume. Era considerado uma graça de Deus, sendo por isso confiado aos sacerdotes, que utilizavam os perfumes diariamente no culto ao deus Sol.

Começa-se generalizar a utilização do perfume, tendo para isso os Egípcios criado um original sistema, pequenas caixas que se usavam atadas na cabeça e que continham uma fragrância que se dissolvia lentamente perfumando o rosto. Tinha também a função de afastar os insectos.

A requintada civilização grega importava perfumes de diferentes partes do mundo, sendo os mais apreciados e caros os oriundos do Egipto. Mas também criaram uma técnica própria, a maceração, em que o óleo vegetal ou a gordura animal eram deixados durante algumas semanas em repouso juntamente com flores, para lhe absorver os óleos essenciais.

O uso do perfume foi levado ao extremo, os nobres romanos possuíam escravos para os massajarem e untarem com essências perfumadas e era costume os soldados perfumarem-se antes de entrar em combate. Também, o Imperador Nero, no século I d. C., na organização de uma festa, gastou mais de 150 mil euros em essências para si e para os convidados. E, no enterro de sua mulher Pompeia, gastou o perfume que os perfumistas árabes eram capazes de produzir num ano. Chegou ao extremo de perfumar até as suas mulas.

O aumento do uso de fragrâncias propiciou a profissionalização da actividade do perfumista. Progressivamente os hábitos profanos prevaleceram sobre os religiosos, apresentando os perfumes como instrumentos de sedução e de adorno restritos a elite, como são os perfumes na actualidade. Diverso na sua multiplicidade de composições, a sua produção em escala industrial culminou com a criação da grande perfumaria, a sua produção em escala industrial culminou com a criação da grande perfumaria francesa, baseada em compostos elaborados de perfumes e extractos, cujo maior momento foi no final do século XIX, tendo atingido na actualidade um grau de desenvolvimento de alta tecnologia e grande magnitude.

1 comment:

Anonymous said...

Fiquei impressionada com o Imperador Nero.
Serei sua descendente?!!
Have a nice nose, day i mean.